Essa atividade terá, conjuntamente com a apreciação do decurso do trabalho a partir do plano já entregue, uma ponderação de sensivelmente 10% da nota final (em que o trabalho vale 25%). Reforço o "sensivelmente" porque a informação será em grande parte quantitativa, embora existam as seguintes guias, de uma escala de 0 a 20, para "traduzir" tal informação:
Plano: 8 pontos
Trazer 2 cópias de pelo menos 3 páginas de ensaio (datilografadas a 2 espaços, Times New Roman 12) para a aula de 23 de Maio: 6 pontos
Feedback ao colegas e discussão de cada ensaio: 3 pontos
Redação de resposta ao feedback (conforme ficha no moodle): 3 pontos
No moodle da disciplina, está uma ficha para a realização do trabalho de revisão de pares. Iremos fazer uma experiência a fingir, na aula de Segunda-feira com um texto que eu traduzi, em parte, de um blogue educativo em inglês, relativo a "Semplica Girl Diaries". Vai em baixo. Se quiserem, podem começar já a praticar nos comentários.
Exemplo para prática de revisão de pares
Hipótese Geral: a
narrativa de primeira pessoa e como esta condiciona a o alinhamento ideológico
do leitor (equacionar falta de fidedignidade com relativismo pós-modernista e
contemporâneo)
(Escolhas possíveis:
“Recitatif” de Toni Morrison, “The Semplica Girl Diaries” de George Saunders e,
por contraponto, Citizen, de Claudia Rankine)
Parágrafos sobre “The
Semplia Girl Diaries”:
O conto “The
Semplica-Girl Diaries” de George Saunders apresenta um narrador homodiegético.
Não se trata, porém, da perspetiva de primeira pessoa do contador de histórias
que relembra acontecimentos, como em “Recitatif” e Toni Morrison, mas antes de
uma narração que se estrutura segundo um estilo de escrita epistolar. Por
outras palavras, o autor divide a escrita em entradas, as quais ora fornecem
uma noção panorâmica do que se está a passar ora se debruçam mais atentamente
sobre um evento específico, que, com o tempo, vai ter impacto na intriga.
Tratando-se de
uma história em forma de diário, o leitor tem acesso à mente do protagonista.
Acompanhamos a sua atitude em relação aos acontecimentos do seu dia-a-dia.
Pessoalmente,
parece-me que esta utilização da voz provoca de início alguma falta de empatia
no público, seguida de indignação e depois de uma certa compreensão sobre o
conflito interior inerente ao problema da escravatura / comércio de pessoas emigrantes.
A resposta de choque do leitor é instigada pelo confronto com a voz rebelde da
filha mais nova, Eva. A sua visão é a da infância e da pureza.
Curiosamente,
é através de Eva que conseguimos pressentir que a semente de rebeldia e luta
pela dignidade se encontra também no seu próprio pai, e o leitor vem a
descobrir que a sua construção ideológica através da empatia se constrói também
de modo relacional.
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