Saturday, 7 May 2016

Closing Statement - Cormac McCarthy's The Road is a disillusioned book, offering little hope for redemption (Gonçalo and Olga)


Gostaríamos de lembrar que ao longo de séculos de história da humanidade e de literatura, se esperaram e escreveram vários apocalipses. Alguns exemplos foram a peste durante a Idade Média, o fatídico ano 2000 que levou ao suicídio de inúmeras pessoas por temerem o desconhecido, as próprias grandes guerras Mundiais, foram encaradas como o fim da Humanidade como a reconhecemos e até a Bíblia fala em apocalipse e como procurar o caminho para a redenção. Existe assim também um conceito de Pessimismo Cultural, um seguimento do declínio da humanidade que se torna a certo ponto irreversível. No entanto, todos estes obstáculos foram ultrapassados por se acreditar na fé das pessoas, fosse ela religiosa ou apenas interior em como algo de bom poderia acontecer. Seguir o “caminho dos bons” não é mais do que ser fiel a valores e éticas que nos são transmitidos por qualquer sociedade. Para ultrapassar todos estes obstáculos, as pessoas tiveram de se unir e ser solidárias. Manter a esperança é a forma de caminhar para a redenção; logo, sem esperança, resta a exaustão.
Nietzche propõe que cada um deve ter os seus próprios valores e ser julgado de acordo com os mesmos. Perante os dilemas morais e na ausência de Deus, o Homem e o Rapaz são os criadores do seu próprio significado de sagrado. “Where you’ve nothing else construct the ceremonies out of the air and breathe upon them.”
Acreditamos por isso que The Road poderia ter um caminho diferente caso o pai não se tivesse desviado dos seus valores morais e tivesse posto em prática aqueles que ensinou ao filho através das suas histórias. Desta forma, talvez no final o pai acompanhasse o filho no caminho para a redenção e não falecesse pelo cansaço como tantos outros na estrada.

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