Gostaríamos
de lembrar que ao longo de séculos de história da humanidade e de literatura,
se esperaram e escreveram vários apocalipses. Alguns exemplos foram a peste
durante a Idade Média, o fatídico ano 2000 que levou ao suicídio de inúmeras
pessoas por temerem o desconhecido, as próprias grandes guerras Mundiais, foram
encaradas como o fim da Humanidade como a reconhecemos e até a Bíblia fala em
apocalipse e como procurar o caminho para a redenção. Existe assim também um
conceito de Pessimismo Cultural, um seguimento do declínio da humanidade que se
torna a certo ponto irreversível. No entanto, todos estes obstáculos foram
ultrapassados por se acreditar na fé das pessoas, fosse ela religiosa ou apenas
interior em como algo de bom poderia acontecer. Seguir o “caminho dos bons” não
é mais do que ser fiel a valores e éticas que nos são transmitidos por qualquer
sociedade. Para ultrapassar todos estes obstáculos, as pessoas tiveram de se
unir e ser solidárias. Manter a esperança é a forma de caminhar para a redenção;
logo, sem esperança, resta a exaustão.
Nietzche
propõe que cada um deve ter os seus próprios valores e ser julgado de acordo
com os mesmos. Perante os dilemas morais e na ausência de Deus, o Homem e o
Rapaz são os criadores do seu próprio significado de sagrado. “Where you’ve nothing else construct
the ceremonies out of the air and breathe upon them.”
Acreditamos
por isso que The Road poderia ter um
caminho diferente caso o pai não se tivesse desviado dos seus valores morais e
tivesse posto em prática aqueles que ensinou ao filho através das suas
histórias. Desta forma, talvez no final o pai acompanhasse o filho no caminho
para a redenção e não falecesse pelo cansaço como tantos outros na estrada.
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